O líder dos rebeldes líbios afirmou que «o cerco se está a fechar em torno de Tripoli», e que teme um massacre na capital devido à recusa de Muammar Kadhafi de partir do país.
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«O cerco está a fechar-se em torno de Tripoli, a partir das montanhas do ocidente, em Sorman, em Zawiyah e no lado leste de Tripoli», afirmou Mustapha Abdeljalil, presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião sediada em Benghazi (leste), ao diário Asharq al-Awsat.
Interrogado sobre a batalha por Tripoli, Abdeljalil reconheceu temer «uma verdadeira matança devido ao comportamento de Kadhafi».
Os rebeldes multiplicam atualmente as frentes na Líbia para tentar cortar as linhas de abastecimento à capital e assim aumentar a pressão sobre o regime.
Abdeljalil disse esperar festejar o Eid al-Fitr em Tripoli, numa referência à festa que assinala o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadão no final de Agosto.
Contactado telefonicamente pelo diário pan-árabe, Abdeljalil reafirmou que os rebeldes mantêm como requisito para negociar a saída do poder de Kadhafi e dos seus filhos, desmentindo uma vez mais a existência de qualquer negociação com o regime, direta ou indirecta.
A propósito do mesmo tema, criticou o jordano Abdel Ilah Khatib, enviado especial para a Líbia do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, acusando-o de não ter em conta a principal reivindicação dos rebeldes, a partida de Kadhafi.