A autópsia revelou que um tiro no peito foi a causa da morte de Mark Duggan, o jovem abatido na quinta-feira pela polícia britânica, uma situação que provocou uma onda de distúrbios no país.
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Um tiro certeiro vitimou o jovem de 29 anos, pai de quatro filhos, durante uma rusga policial, num bairro londrino, dominado pela comunidade negra.
Os pormenores foram revelados esta terça-feira à tarde, durante uma audiência em tribunal onde esteve presente o médico que realizou a autópsia.
Andrew Walker não revelou mais nenhum detalhe sobre as conclusões a que chegou. À família, o clínico garantiu, apenas, o empenho das autoridades na descoberta da verdade.
Na sala não teve presente qualquer familiar de Mark Duggan, que foi representado por uma associação que presta apoio a famílias de pessoas mortas de forma suspeita.
No final da audiência, nenhum membro desta associação prestou declarações, mas em comunicado a família do jovem abatido pediu o apuramento de toda a verdade, recusando qualquer ligação entre a morte do familiar e os actos violentos dos últimos dias em Londres, actos que fazem questão de repudiar de forma veemente.
A próxima audiência foi marcada para Dezembro. Até lá, e em paralelo, vai decorrer um outro inquérito conduzido por uma comissão independente.
As autoridades britânicas não poupam esforços para apurar as circunstâncias do episódio que desencadeou a onda de violência que começou em Londres e já alastrou a outras zonas do país.