Depois de a Comissão de deputados ter aprovado o documento com 38 votos a favor e 27 contra, o ex-presidente reagiu. Numa manifestação no Rio, Lula garantiu que vai defender a democracia até ao fim.
Corpo do artigo
"A comissão acabou de derrotar a gente, 38 a 27. Mas isso não quer dizer nada. Então, o que nós temos de ter clareza é domingo no Plenário. E nós sabemos que temos de conversar com os deputados", disse Lula da Silva.
Numa manifestação de apoio a Dilma esta segunda-feira à noite na Lapa, no Rio de Janeiro, Lula da Silva considerou injustos os ataques da oposição à Presidente brasileira. "Eu aguento muita bordoada, mas não é justo eles fazerem com a Dilma o que estão fazendo. Quando a gente sair para a rua defender o mandato da Dilma, é importante ter clareza que não estamos defendendo apenas o direito de uma mulher ser presidenta da República. A gente está defendendo a honra das mulheres brasileiras, que sempre foram tratadas como objeto de cama e mesa neste país".
Perante uma multidão, o antigo Presidente, citado pela imprensa brasileira, garantiu que está pronto para defender até o fim a democracia no Brasil. "Eu quero avisar para eles, que estão querendo dar um golpe na companheira Dilma. Eu quero avisar aos meios de comunicação, que fazem de tudo, menos dar informação correta, menos dar informação ao nosso povo. Eu não sei quantos anos eu tenho pela frente, mas ainda que eu tiver um dia, eles podem saber que este dia será dedicado 24 horas em defesa da liberdade, da democracia e da cidadania neste país", disse Lula.
Antes do discurso, o antigo Presidente brasileiro juntou-se a um grupo de artistas, músicos e escritores que lançaram o Manifesto Cultura pela Democracia, em que falam num "golpe em andamento" contra o Governo.