A mãe do fundador do WikiLeaks disse hoje estar confiante de que Julian Assange vai conseguir viajar para o Equador, apesar do impasse diplomático relacionado com o asilo concedido por Quito.
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«Penso que é muito realista», afirmou Christine Assange, referindo-se à possibilidade de Assange ir para o Equador.
«Ele tem milhares de milhões de pessoas em todo o mundo que o apoiam, os Estados Unidos e os seus aliados estão praticamente sozinhos e o apoio cresce de dia para dia», observou em declarações ao canal australiano ABC 24, sustentando que «pode ser que o governo britânico decida recuar na sua posição de 'cão de guarda' dos Estados Unidos».
O Equador decidiu, esta semana, conceder asilo ao fundador do portal WikiLeaks, que se refugiou na sua embaixada em Londres dia 19 de junho. O Reino Unido considera, no entanto, que a decisão «não muda nada» e que tem a obrigação de extraditar Julian Assange para a Suécia, que o reclama por dois crimes sexuais.
Quito anunciou que o Reino Unido poderia assaltar a sua missão diplomática em Londres caso o australiano não fosse entregue às autoridades britânicas. Londres poderá justificar uma intervenção desse tipo com uma lei de 1987 que permite levantar a imunidade de uma embaixada em solo britânico.
Christine Assange reconheceu que o seu filho está preocupado com o pode acontecer, mas que continua bem humorado: «Obviamente ele está preocupado com o facto dos aliados dos Estados Unidos estarem não só a violar as leis e protocolos nacionais em relação a este caso como a desejar agora violar o Direito Internacional».