As cerimónias fúnebres de Nelson Mandela terminaram em Joanesburgo, onde uma centena de chefes de Estado e de Governo e milhares de pessoas celebraram a luta do antigo Presidente da África do Sul contra o 'apartheid'.
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O vice-presidente do Congresso Nacional Africano, Cyril Ramaphosa, deu por terminada a cerimónia após a intervenção do arcebispo emérito de Cidade do Cabo, Desmond Tutu, que enalteceu a vida do «extraordinário ícone» que foi Mandela.
«Isto leva à conclusão deste serviço comemorativo», disse Ramaphosa, enquanto a multidão abandonava o estádio Cidade do futebol, no Soweto, em Joanesburgo.
Ao longo de quatro horas, a cerimónia, marcada por uma grande emoção, contou com discursos de líderes mundiais como os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, do Brasil, Dilma Rousseff, e de Cuba, Raul Castro, que elogiaram a figura do antigo Presidente sul-africano, cuja morte foi anunciada na quinta-feira passada.
Uma cerimónia religiosa ecuménica, cânticos e as memórias de familiares e amigos de 'Madiba' - como Mandela era tratado - serviram para homenagear o Nobel da Paz, num ambiente festivo, apesar da chuva que não parou de cair.
As ações de despedida de Mandela prosseguem a partir desta quarta-feira em Pretoria, em cujas ruas o caixão do ex-Presidente desfilará, até sexta-feira.
Nos mesmos dias, também na capital, estará instalada na sede do Governo a capela ardente.
O funeral decorre no próximo domingo, na localidade de Qunu, na província do Cabo Oriental, onde Mandela cresceu e havia pedido para ser enterrado, numa cerimónia restrita à família.