A morte do jovem francês de 17 anos na terça-feira durante um controlo de trânsito na terça-feira, fez aumentar as tensões há muito existentes entre os jovens e a polícia nos bairros sociais e noutros bairros desfavorecidos de França.
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Centenas de pessoas juntaram-se esta quinta-feira no bairro de Pablo-Picasso, em Nanterre, França, para prestar homenagem ao jovem de 17 anos atingido mortalmente a tiro pela polícia na terça-feira, Nahel M.
A pedido da mãe de Nahel, o bairro francês vestiu-se de branco, não só em homenagem ao jovem, mas também para protestar contra a violência que as forças policiais têm assumido perante as minorias étnicas ou residentes dos subúrbios de Paris, adianta a AFP.
Envergando uma camisola onde se lê "Justiça por Nahel", a mãe da vítima juntou-se às centenas de pessoas que saíram à rua para demonstrar o seu apoio e solidariedade à família de Nahel, bem como para exigir o fim ao "racismo" policial.
"Noventa por cento das pessoas mortas pela polícia são não brancas", lê-se num dos cartazes erguidos na "Marcha Branca".
O chefe de Estado de francês, que falava antes do início da reunião do grupo interministerial de crise, desejou que "as próximas horas" fossem de "meditação e respeito", enquanto a família da vítima organiza uma marcha em memória do jovem morto por um polícia.
O advogado da família do jovem vítima do disparo, Yassine Bouzrou, disse à Associated Press que pretende que o agente da polícia seja processado por homicídio em vez de homicídio involuntário.
A morte do jovem de 17 anos, durante um controlo de trânsito na terça-feira, captado pelas câmaras de vigilância, fez aumentar as tensões há muito existentes entre os jovens e a polícia nos bairros sociais e noutros bairros desfavorecidos de França.