A Marinha norte-americana mobilizou para o Mediterrâneo um quarto "destroyer" equipado com mísseis de cruzeiro, depois de novas denúncias de utilização de armas químicas na Síria.
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A sexta frota norte-americana, responsável pelo Mediterrâneo, decidiu deixar na zona o USS Mahan, inicialmente programado para regressar a Norfolk, na costa leste norte-americana, e ser substituído pelo USS Ramage.
No total, quatro 'destroyers' - o Gravely, o Barry, o Mahan e o Ramage - todos equipados com várias dezenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk, vão estar mobilizados no Mediterrâneo, afirmou na sexta-feira à AFP um responsável da Defesa norte-americano.
Este reforço permite ao Pentágono, que atualiza os planos de ação militar na Síria, agir mais rapidamente se Barack Obama ordenar uma intervenção.
O Presidente Barack Obama mostrou-se relutante quanto a uma intervenção na Síria, durante uma entrevista à CNN, na sexta-feira.
«Nós vemos pessoas que reclamam uma ação imediata. (Mas) precipitar-nos a fazer coisas que dão errado, envolver-nos em situações muito difíceis, pode levar-nos a intervenções muito complicadas e custosas, que não fariam mais do que alimentar ainda mais o ressentimento na região», argumentou Barack Obama.
A doutrina norte-americana prevê, nomeadamente, a utilização de mísseis cruzeiro no início de um conflito para «abrir a porta» e livrar-se das defesas antiaéreas.
No primeiro dia do conflito na Líbia, navios e submarinos norte-americanos, assim como um submarino britânico, lançaram uma primeira vaga de cerca de 110 misseís Tomahawk sobre a nação líbia.