Mark visitou a parte islâmica de Jerusalém pela primeira vez em 40 anos: "Está vazia e pacífica"
O israelita tem passaporte norte-americano e ascendência canadiana, mas, em declarações à TSF, garante que não quer deixar o país.
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Num país tão cioso de fronteiras, elas estão por todo o lado, sobretudo na cabeça. Mark Friedman vive há 40 anos em Jerusalém. Nunca antes tinha vindo ao lado árabe da cidade velha num dia normal.
"Nunca tinha andado pela parte muçulmana, exceto à sexta-feira à noite, nos últimos 40 anos. Por isso, escolhi o dia de hoje para o fazer, apenas para tirar fotografias e passear. Normalmente não o faria. Está vazia e pacífica", conta à TSF o israelita.
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Para Mark é uma oportunidade rara de vir sem medo fotografar esta parte da cidade santa que desconhece.
"Estou a tirar o dia. As coisas estão realmente calmas aqui. Não sei se é porque eles não querem disparar mísseis contra Jerusalém, porque poderiam atingir a Cúpula da Rocha ou a Mesquita de Al Aqsa. Estão a fugir? Não sei", especula.
Neste caso, a confiança é generalizada. Judeus e palestinianos acreditam que ninguém irá atacar esta zona mais próxima da Mesquita de Al Aqsa, sagrada para ambas as religiões. Não será só por isso, mas, apesar de ter passaporte norte-americano e ascendência canadiana, Mark Friedman é dos que ficam: "Tenho filhos aqui, tenho 14 netos aqui. Não quero ir a lado nenhum."
Quatro filhos, 14 netos e Mark quer continuar a contá-los aqui em Israel.