Um português em Israel com "confiança" na cúpula de ferro. Foi contactado pela embaixada, mas decidiu ficar
César cruzou-se com a TSF numa rua de Jerusalém. Tem três anos de trabalho pela frente, por isso, apesar da guerra, decidiu ficar em Israel.
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Numa rua de Jerusalém, alguém parece falar português. César, natural de Santarém, chegou a Israel há três anos e, apesar de ter sido contactado pela embaixada, preferiu ficar no país.
Acabado de sair de uma loja com um saco de pão na mão - não é pão português, mas igualmente familiar (uma baguete francesa) - César conta à TSF que está em Jerusalém há apenas três semanas, em trabalho.
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"Estamos a montar a linha férrea, que agora vai até à Palestina. Estão a fazer cinco ramais novos", e faltam ainda dois ou três anos para a obra ficar concluída.
"Ligaram-me a semana passada da embaixada, [para perguntar] se eu queria ir ou ficar, e eu pedi para ficar", explica.
César confia na chamada cúpula de ferro, o sistema de defesa antiaérea de Israel, que viu funcionar com os próprios olhos em 2021 ao testemunhar a interceção de um drone.
"Aqui há confiança" no Iron Dome, diz. "Quando largam muitos [mísseis] ao mesmo tempo é perigoso, agora quando são compassadas normalmente apanham tudo."
Este ribatejano fica, para já, em Israel, mas tem uma mensagem para Portugal: "não há terra como a nossa".