À TSF, o responsável pela editora que publica Jon Fosse em Portugal, Diogo Madredeus, sublinha "a grande carreira" do autor, caracterizada por uma "escrita intimista e reflexiva".
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O prémio Nobel da Literatura de 2023 foi atribuído ao dramaturgo norueguês Jon Fosse pelas suas "peças inovadoras e prosa que dá voz ao indizível", anunciou esta quinta-feira a Academia Sueca.
"A sua imensa obra, escrita em norueguês e abrangendo uma série de géneros, consiste numa grande variedade de peças de teatros, romances, coleções poéticas, ensaios, livros para crianças e traduções. Apesar de ser um dos mais representados dramaturgos no mundo, também se tornou crescentemente reconhecido pela prosa", segundo a justificação do prémio lida pelo secretário permanente do Comité Nobel, Mats Malm, numa cerimónia em Estocolmo.
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- The Nobel Prize (@NobelPrize) October 5, 2023
The 2023 #NobelPrize in Literature is awarded to the Norwegian author Jon Fosse "for his innovative plays and prose which give voice to the unsayable." pic.twitter.com/dhJgGUawMl
Em Portugal, múltiplas das suas obras estão publicadas, com destaque para o trabalho feito pelos Artistas Unidos, que desde 2000 encenam as suas peças, a começar com "Vai Vir Alguém", levada ao palco por Solveig Nordlund.
Nos Livrinhos de Teatro, dos Artistas Unidos e da editora Cotovia, estão publicadas "A Noite Canta os seus Cantos", "Inverno", "Lilás", "Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices", e "Sou o Vento/Sono/O Homem da Guitarra".
Entre outras edições, a Cavalo de Ferro tem vindo a publicar a prosa de Fosse, com destaque para "Trilogia" (2022) e "Septologia I-II" (2022). À TSF, o responsável pela editora, Diogo Madre Deus, sublinha "a grande carreira" de Jon Fosse, caracterizada por uma "escrita intimista e reflexiva".
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Diogo Madre Deus avança que "daqui a umas semanas" será publicada em Portugal a próxima obra de Jon Fosse.
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No ano passado, a francesa Annie Ernaux foi a grande vencedora em Literatura, autora de "Os anos" e "O acontecimento". O júri da Academia Sueca justificou a decisão "pela coragem e perspicácia clínica com que [Annie Ernaux] descortina as raízes, as indiferenças e os constrangimentos coletivos da memória pessoal."
A semana começou com a revelação do vencedor do Nobel da Medicina, Física e Química, faltando conhecer-se o laureado pelo Nobel da Paz (sexta-feira) e a distinção na área das Ciências Económicas (agendado para dia 9).
Os vencedores deste ano recebem um milhão de coroas suecas extra, elevando o valor total recebido pelos premiados para 11 milhões de coroas suecas (cerca de 925 mil euros).
Notícia atualizada às 13h06