Os EUA acusaram a Rússia de tentar fazer cair o governo georgiano com o conflito na Ossétia do Sul. No Conselho de Segurança da ONU, os russos desmentiram esta ideia e negaram estar estar a levar a cabo uma campanha de «terror» na Geórgia.
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Os EUA acusaram, este domingo, a Rússia de tentar fazer cair o governo georgiano com o conflito em curso na Ossétia do Sul, uma acusação que foi desmentida de imediato pelo lado russo.
No Conselho de Segurança da ONU, o embaixador norte-americano indicou que o ministro russo dos Negócios Estrangeiros teria sugerido que o presidente georgiano deixasse o poder durante uma conversa com a secretária de Estado dos EUA, algo que Sergei Lavrov desmentiu posteriormente.
«Isto é completamente inaceitável e ultrapassa as marcas. A Rússia tem de dizer que o seu objectivo não é mudar o governo da Geórgia, democraticamente eleito, e aceitar a integridade territorial e soberania da Geórgia», afirmou Zalmay Khalizad.
Na resposta, o embaixador russo na ONU ripostou a esta declaração, afirmando que os EUA tinham escolhido «evocar publicamente a ideia de que Mikheil Saakashvili se demitisse», o que «pode ser um sinal interessante».
«Por vezes, alguns dirigentes democráticos fazem coisas que criam grandes problemas ao seu país. Às vezes, esses dirigentes devem perceber até que ponto são úteis ao seu povo», acrescentou Vitaly Tchurkin.
O diplomata russo considerou ainda «completamente inaceitáveis» as acusações vindas dos norte-americanos que acusaram a Rússia de estar a levar a cabo uma campanha de «terror» na Geórgia.
«É completamente inaceitável, sobretudo vindo da boca do representante do país que nos conhecemos das acções feitas no Iraque, Afeganistão e Sérvia», acrescentou Tchurkin.