O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou que foi alcançado um acordo, esta madrugada, entre republicanos e democratas para elevar o teto da dívida pública.
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«Não é o acordo ideal mas, mais importante que isso, vai evitar que os EUA entrem em incumprimento e colocar um ponto final na crise que Washington lançou sobre os americanos», desabafou Barack Obama na declaração que colocou para já um ponto final na discussão em torno do aumento do limite de endividamento norte-americano e afastando o tema da discussão politica até às presidenciais de 2012.
A partir da Casa Branca, o presidente dos EUA dirigiu-se ao país para dizer que o compromisso alcançado entre os lideres das duas câmaras, o Senado e a Câmara dos Representantes, vai dissipar a incerteza que pairava sobre o país nas últimas semanas e permite o financiamento do tesouro norte-americano em troca do aumento do limite do endividamento em dois biliões de dólares e o corte imediato da despesa em um bilião de dólares ao longo da próxima década.
«Gostaria de anunciar que os líderes de ambos os partidos, em ambas as câmaras, chegaram a um acordo que vai reduzir o défice e evitar o incumprimento, que a acontecer teria tido um efeito devastador na nossa economia. A primeira parte deste acordo irá cortar cerca de um bilião de dólares à despesa nos próximos dez anos», anunciou Obama.
Um corte que poderá chegar numa segunda fase aos 2,5 biliões de dólares, quando o comité bipartidário no Congresso apresentar uma proposta que promete reduzir ainda mais o défice americano, um documento que terá de ficar concluído até ao final de Novembro para depois ser votado por todos os congressistas.
O resultado, disse Barack Obama, será uma despesa pública anual no nível mais baixo desde a presidência de Eisenhower na década de 50.
O acordo, que não contempla para já um aumento de impostos, deverá ser apresentado esta segunda-feira ao Senado e à Câmara dos Representantes e já foi considerado pelo republicano John Bonner como «um bom compromisso» que corresponde às exigências de todos os republicanos.