A alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos apelou ao governo sírio para terminar com o «banho de sangue», referindo-se à repressão violenta dos contestatários do regime.
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Em comunicado, Navi Pillay manifestou-se alarmada com os números que dão conta de que, pelo menos, 145 pessoas morreram e muitas outras ficaram feridas, desde sexta-feira.
Segundo dados da ONU, pelo menos 120 pessoas morreram na cidade de Hama, devido à repressão militar, que utilizou tanques e artilharia pesada.
A repressão do governo sírio também fez vítimas em Deir Ez Zur, nos subúrbios da cidade de Damasco, e em outras cidades sírias.
«O governo [da Síria] está a tentar esconder do mundo a situação alarmante que se vive no país, ao negar o acesso da imprensa estrangeira, dos observadores dos Direitos Humanos e da missão enviada pelo Conselho dos Direitos Humanos», afirmou Navi Pillay.
No entanto, a responsável pelos Direitos Humanos da ONU referiu que o governo de Bashar al-Assad não está a ter sucesso nas suas pretensões, uma vez que «o mundo inteiro está a ser testemunha das atrocidades perpetuadas pelas autoridades sírias contra o seu próprio povo».
Entretanto, o Conselho de Segurança da ONU reuniu-se esta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo, para discutir a repressão na Síria.
No encontro de segunda-feira, europeus e americanos procuraram obter uma condenação do governo sírio pelo Conselho de Segurança da ONU, pela repressão exercida sobre os manifestantes, mas saíram sem resultados concretos.