A comissária da polícia sul-africana que investigou estes acontecimentos explicou que os agentes necessitaram de «empregar a força» perante as ameaças dos mineiros.
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A polícia sul-africana diz que agiu em legítima defesa ao matar cerca de 30 mineiros em confrontos ocorridos na quinta-feira na mina de Marikana, a cerca de cem quilómetros de Joanesburgo.
Em conferência de imprensa, a comissária encarregue da investigação destes confrontos explicou que os agentes sentiram-se ameaçados pelos mineiros, o que os obrigou a «aplicar a força para se protegerem».
Riah Phiyega indicou que falhou a intenção de manter os mineiros, alguns deles com armas de fogos, à distância com barreiras de arame ferpado, balas de borracha e até de os dividir em pequenos grupos.
A comissária acrescentou ainda que um «grupo de manifestantes, armado com armas perigosas e armas de fogo» retirou mesmo o arame ferpado que tinha sido colocado pelas autoridades.
Phiyega confirmou ainda que 34 pessoas morreram nestes confrontos e que outras 78 ficaram feridas.
Entretanto, o presidente sul-africano decidiu encurtar a visita que está a fazer a Moçambique, onde estava a participar numa cimeira de países da África Austral, e vai deslocar-se ao local onde estes confrontos ocorreram.