O presidente da companhia aérea alemã Lufthansa, Carsten Spohr, considerou hoje «inimaginável» o acidente aéreo com o A320 da companhia Germanwings, cujo copiloto terá precipitado deliberadamente o avião contra o solo nos Alpes franceses.
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«Parece inimaginável que pudesse ocorrer semelhante tragédia na nossa empresa. As nossas tripulações são selecionadas com o maior rigor», declarou Carsten Spohr, sobre o gesto de Andreas Lubitz, que terá feito despenhar na terça-feira o Airbus A320 no maciço de Estrop, entre Digne-les-Bains e Barcelonnette, provocando a morte de todos os 150 ocupantes.
«Tentamos centrar a atenção na capacidade psicológica dos nossos candidatos em assumirem os comandos de um avião», precisou.
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Andreas Lubitz era um alemão de 28 anos que vivia com os pais e sem qualquer motivação terrorista conhecida. Começou a trabalhar na Germanwings, uma filial da Lufthansa, em setembro de 2013, logo após a sua formação no centro de pilotagem do grupo em Bremen (norte da Alemanha). No ativo contava 630 horas de voo.
O procurador de Marselha, Brice Robin, responsável pelo inquérito judicial revelou que Andreas Lubitz acionou voluntariamente os comandos do avião para que perdesse altitude, uma ação que pode revelar «uma vontade de destruir o avião».