A menos de um semana das eleições na Grécia, que se realizam no próximo domingo, o presidente da Comissão Europeia sublinha que, seja qual for o vencedor, o próximo governo grego terá de respeitar os compromissos assumidos. Do FMI também chega um alerta para as consequências de determinadas medidas.
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Numa declaração enviada à agência Reuters, que está a ser citada por um dos maiores jornais de Atenas, Jean Claude Juncker sublinha que o próximo governo grego tem de manter o caminho das reformas fiscais.
O presidente da Comissão Europeia afirma que a Europa continua ao lado da Grécia, por isso, espera que Atenas honre os compromissos assumidos com os parceiros europeus.
Na Grécia, as palavras de Juncker estão a ser descritas como um sério aviso à extrema-esquerda, já que as últimas sondagens mostram um reforço da intenção de voto no Syriza, que consolida a vantagem sobre os conservadores que estão atualmente no poder.
O Syriza defende a saída do euro e o perdão de pelo menos metade da dívida da Grécia. Se o partido vencer as eleições e avançar com estas duas medidas, a situação que terá consequências. O alerta é também feito pela diretora-geral do FMI.
Numa entrevista publicada, esta manhã, no jornal irlandês Irish Times, Christine Lagarde respondeu à ideia de uma cimeira para discutir a reestruturação da dívida grega.
Lagarde considera que, por princípio, todas as iniciativas comuns são boas, mas uma dívida é uma dívida e isso implica um contrato.
A diretora do Fundo Monetário Internacional acentua, nesta entrevista, que abrir falência, reestruturar ou mudar os termos desse contrato vai trazer consequências.