O governo da Síria aceitou o plano proposto pelo enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, para acabar com a violência naquele país, divulgou um porta-voz do antigo secretário-geral da ONU.
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«O Governo sírio escreveu ao enviado especial Kofi Annan para aceitar o plano de seis pontos, aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas», indicou o porta-voz Ahmad Fawzi, numa declaração por escrito.
A resposta de Damasco surge no momento em que Kofi Annan está na China, um país que tem estado perto do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, para pedir a ajuda e o apoio das autoridades de Pequim.
Para o ex-secretário-geral da ONU, o anúncio do regime de Damasco é um «primeiro passo importante» para acabar com a violência na Síria, que já fez mais de 9.100 mortos desde o início do movimento de contestação popular em março de 2011, segundo o Observatório dos Direitos Humanos sírio.
O plano apresentado pelo enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, aprovado no passado 21 de março no Conselho de Segurança, propõe o fim de todas as formas de violência armada por todas as partes sob a supervisão da ONU, a prestação de ajuda humanitária em todas as zonas do país afetadas pelos combates e a libertação de todas as pessoas detidas de forma arbitrária.
Para Kofi Annan, segundo especificou o porta-voz, a decisão de Damasco deve permitir «criar um ambiente propício a um diálogo político que responda às aspirações legítimas do povo sírio».