A Rússia diz que vai respeitar o resultados dos referendos separatistas de ontem no leste da Ucrânia e apela ao diálogo para que os resultados sejam aplicados sem violência.
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A vontade expressa nos referendos deve ser aplicada de forma civilizada. É o desejo da Rússia, divulgado esta manhã, em comunicado.
O Kremlin diz que respeita a vontade expressa pela população de Donetsk e Lugansk, sublinhando a participação elevada no referendo de ontem, apesar daquilo que Moscovo classifica como tentativas de impedir a votação.
O Kremlin condena o alegado uso da força contra civis no referendo de ontem.
Os separatistas pró-russos dizem que quase 90% dos ucranianos em Donestk escolheram a independência, numa votação considerada uma farsa pelo regime de Kiev.
A Rússia responde, dizendo que essas acusações são um disparate absoluto e apela ao diálogo e aos esforços de mediação.
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, adianta no entanto, que não está prevista qualquer nova reunião internacional sobre a Ucrânia, enquanto os ministros europeus dos negócios estrangeiros e a Organização para a segurança e cooperação na Europa voltaram a falar no diálogo e na importância das eleições na Ucrânia, no próximo dia 25.
No fim-de-semana, Angela Merkel e François Hollande tinham avisado que haveria mais sanções contra Moscovo se as eleições não se realizassem. Hoje, os chefes da diplomacia da União Europeia podem decidir hoje novas sanções contra figuras russas.