Sem passaporte e com fronteiras fechadas. Palestinianos de Jerusalém sentem-se presos
Leila não vê os pais e irmãos, que vivem na Cisjordânia, há quase duas semanas.
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Gaza é a maior prisão, mas neste momento todos os palestinianos têm muita restrição de movimentos - só se movem quando e por onde Israel autorizar.
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Leila, de 39 anos, tem os pais e dois irmãos na Cisjordânia e não os vê há quase duas semanas, desde que as fronteiras fecharam.
"Como vivo em Jerusalém não tenho passaporte palestiniano e, tal como acontece a quem é da Cisjordânia, não podemos sair daqui", explica à TSF.
Leila trabalha na agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos em Jerusalém, mas não pode ir trabalhar porque têm três filhos em casa, com aulas online, que não pode deixar sozinhos em casa.
Sobra muito tempo para ver a morte em Gaza todos os dias, a toda a hora, na televisão. "É muito triste. Estou muito zangada, passo o tempo a chorar, só nos resta rezar a Deus. Nada mais."