A Coreia do Sul considera que proposta da Pyongyang sobre desarmamento nuclear, que foi apresentada na semana passada, serve apenas para apaziguar Pequim.
Corpo do artigo
«As ações são mais importantes do que as palavras», declarou o porta-voz do Ministério da Unificação sul-coreano, Kim Hyung-Seok, a propósito de uma carta entregue na sexta-feira por um enviado do líder norte-coreano, Kim Jong-un, ao Presidente chinês, Xi Jinping.
Segundo a imprensa oficial chinesa, Kim Jong-un manifesta na carta a sua vontade de retomar as negociações a seis (duas Coreias, Estados Unidos, Rússia, Japão e China) sobre o programa nuclear norte-coreano.
A Coreia do Sul considera este gesto apenas como uma tentativa de Pyongyang de apaziguar Pequim. Washington e Seul exigem um gesto de boa vontade por parte de Pyongyang antes da retoma das negociações.
A imprensa oficial norte-coreana que fez a cobertura da visita à China do diretor do politburo do Exército Popular da Coreia, Choe Ryong-hae, não deu conta de qualquer proposta de diálogo de Pyongyang.
A televisão nacional chinesa CCTV informou que Choe manifestou à China a ambição da Coreia do Norte de "criar um ambiente internacional pacífico" para poder "concentrar a sua energia na melhoria da sua economia e condições de vida" da população.
A China é o principal aliado da Coreia do Norte, mas as relações bilaterais enfrentam um clima de tensão depois de Pequim ter votado na ONU a favor do reforço das sanções contra Pyongyang depois do teste nuclear de fevereiro.