Com o referendo ao virar da esquina, a vida de uma cidade turística como Atenas segue sem sobressalto para quem a visita. O que não significa que os forasteiros não tenham consciencia do que lá se passa.
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O enviado da TSF à capital grega, Artur Carvalho, foi até à Acrópole tomar o pulso ao que sabem e o que pensam os turistas do que está a acontecer naquele que escolheram como destino de férias.
O jornalista Artur Carvalho conversou com um jovem dos Estados Unidos que está há uma semana na Grécia e não se arrepende de ter vindo. Na fila para visitar o que é um lugar seminal da historia da civilização ocidental e do conceito de democracia, diz que há qualquer coisa de paradoxal neste momento grego.
Ele, que não diz o nome, diz que simpatiza com a situação do povo grego, porque é gente afável e que não deixa de o ser apesar do grande ponto de interrogação que enfrenta. É também o que pensa David, outro americano na fila. Diz que não dispõe de dados para fazer uma análise fina da situação, mas que, feita a ressalva, está com os gregos. "Não consigo imaginar o stress, a ansiedade e o sofrimento por que eles passam. Mas têm a minha simpatia".
Uns que sobem, outros que descem da Acrópole. Chris veio da África do Sul e diz que é preciso pôr as coisas em perspectiva. A Grécia pode ser o berço da democracia mas o dinheiro, e como os eleitos o usam, é outra historia. "Ademocracia e as finanças não são a mesma coisa. Só porque se tem democracia não se pode presumir que quem manda faça bom uso do dinheiro".
André chegou hoje a Atenas e não está preocupado. "Tenho aqui um amigo grego e o receio diminuiu. Garantiu-me que está tudo bem."
E para os atenienses deixa um conselho: "Não tomem decisões precipitadas, pensem bem. Todos devem batalhar para o bem da Grécia".