O primeiro-ministro enviou uma mensagem de condolências ao seu homólogo checo pela morte de Vaclav Havel, considerando que a democracia e a Europa comunitária muito devem ao antigo presidente da Checoslováquia.
Corpo do artigo
O antigo presidente checo Vaclav Havel morreu hoje aos 75 anos, tendo conduzido a Checoslováquia na transição do regime de influência soviética para a democracia em 1989, naquela que ficou conhecida como «Revolução de Veludo».
Pedro Passos Coelho refere que «foi com enorme tristeza» que tomou conhecimento do falecimento do ex-presidente Checo.
«À família enlutada dirijo as minhas sinceras condolências e ao povo checo, na pessoa do primeiro-ministro Petr Neas, manifesto o meu profundo pesar pelo desaparecimento do primeiro presidente democraticamente eleito deste nosso país irmão, a República Checa», refere o líder do Executivo português na sua mensagem, à qual a Agência Lusa teve acesso.
Na mensagem, Pedro Passos Coelho destaca o percurso político de Vaclav Havel, sobretudo a sua luta pela instauração de um regime democrático na Checoslováquia.
«Como primeiro-ministro de Portugal, mas também como democrata e europeu convicto, presto sentida homenagem àquele que foi o mais insigne arquiteto da Revolução de Veludo, que permitiu devolver a esperança, tanto a checos como a eslovacos, numa primavera democrática e pacífica no quadro de uma Europa livre e reunificada, de povos soberanos e democráticos, vivendo lado a lado, sem muros de Berlim nem Cortinas de Ferro», salienta Pedro Passos Coelho.
O líder do Executivo português refere-se ainda a Vaclav Havel como «autor do Manifesto dos Direitos Humanos, conhecido como Carta 77» e ao seu trajeto como ensaísta, poeta, dramaturgo e dissidente político.