O ritmo dos bombos marcou a entrada apressada de António Costa no pavilhão do NERCAB - Associação Empresarial da Região de Castelo Branco. O atraso não desanimou os que quiseram ver o líder do Partido Socialista. Foram centenas os que receberam o secretário-geral do PS, entre bandeiras, chapéus e críticas aos últimos quatro anos.
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"Era difícil iniciarmos de melhor forma a campanha". No primeiro dia, António Costa foi recebido, em Castelo Branco, por um pavilhão completamente cheio de militantes e simpatizantes. Ainda mal tinha começado a falar quando recebeu, no palco, um abraço do antigo presidente da Câmara de Castelo Branco. Joaquim Mourão quis dizer o que muitos também queriam: "vamos a isto!".
António Costa lembrou que o PS foi sempre um partido de diálogo que soube unir o país, tanto antes do período revolucionário, como depois: "o Partido Socialista sempre uniu o país em momentos de crise".
O líder do Partido Socialista repetiu os números que tem feito questão de apresentar em todos os discursos, entre eles os do emprego: "o governo já destruiu mais de 200 mil postos de trabalho".
O secretário-geral socialista não poupou nas críticas à coligação e aproveitou para dizer que "nós só temos uma palavra, e nos só temos um compromisso, com o PS não há, nem haverá corte nas pensões, haverá sim reposição total das pensões".
Para os portugueses não é decisivo saber se o primeiro-ministro se chama Pedro Passos Coelho ou António Costa, mas sim se vai criar emprego digno, garantir as pensões e a segurança social, a qualidade da escola pública e do serviço nacional de saúde. O líder do PS acrescenta que, o que nestas eleições está em causa, é muito mais do que o partido socialista, é um património comum, construído da esquerda à direita, desde o 25 de Abril.
António Costa apelou mais uma vez ao voto de todos: "Poupemo-nos a discussões jurídicas, resolvamos a questão de uma forma simples: votar no PS para que o PS tenha mais votos e mais deputados".