A "via-sacra das vacinas": Marcelo lamenta "situação incómoda" e espera decisões rápidas
Marcelo Rebelo de Sousa lamenta os sucessivos problemas em torno da vacinação e espera que processo de reavaliação da vacina da AstraZeneca seja breve.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz que a questão das vacinas tem sido "uma via-sacra". Isto é, explica, "um conjunto de problemas que se tem acumulado no tempo".
"De 15 em 15 dias descobre-se mais um problema: ou é no fornecimento, ou é em questões de análise ou reanalise do processo produtivo", lamentou em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à Unidade de Saúde Familiar da Baixa, em Lisboa, a propósito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala esta quarta-feira.
Questionado sobre o caso da AstraZeneca, sobre o qual a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) se vai voltar a pronunciar esta tarde, depois de um dos seus representantes assumir, em declarações a um jornal italiano, que existe uma relação direta entre a vacina e casos de coágulos sanguíneos, Marcelo Rebelo de Sousa lamentou os sucessivos problemas em torno da vacinação.
As dúvidas face à vacina da AstraZeneca são uma "situação incómoda para a Europa como um todo", aponta. Cada Estado toma uma decisão diferente perante essas dúvidas, o que "perturba a opinião pública", quando devia existir uma "posição unida, clara e duradoura em matéria de vacinas", defende o Chefe de Estado.
Também facto de o fornecimento estar a ser afetado é fonte de preocupação para Marcelo, "porque há necessidade de vacinar". Maio e abril são meses muito importantes para a vacinação, aponta. "E a vacinação é uma condição fundamental no bom processo de desconfinamento".
O Presidente da República espera, por isso, que "seja rápida" a reapreciação da EMA sobre a vacina da AstraZeneca e a posição conjunta dos países da União Europeia.
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Questionado sobre o desempenho do país na presidência do conselho da União Europeia, Marcelo considera que "Portugal fez um esforço nas últimas semanas para fazer quase a quadratura do círculo".
Isto porque existiam cinco países que precisavam de mais vacinas do que aquelas a que, proporcionalmente, tinham direito e outros três que se queriam afastar do processo de vacinação conjunto. "Com negociações complexas", foi possível "chegar a uma conclusão" para repartir as vacinas, revela.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta que aquilo que mais deseja é que a última renovação do estado de Emergência seja mesmo a última. Todos os portugueses "estão cheios de vontade desconfinamento corra bem e se passe a uma fase nova".
Para a semana temos mais números, aponta o Presidente, esperamos que maio traga "uma boa onda", em vez de uma quarta vaga da pandemia.
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