Albuquerque afina estratégia para mobilizar eleitorado: "Nunca vi ninguém ganhar nas sondagens"
As sondagens dão maioria absoluta à coligação que junta o PSD e o CDS.
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Além da música, o comício em Câmara de Lobos começou ao ritmo de uma nova sondagem que dá a maioria absoluta à coligação PSD - CDS. O sorriso estava estampado, mas Miguel Albuquerque tratou, igualmente, de afinal a estratégia: o que conta são os votos nas urnas.
Com muitas bandeiras, música e animação, não fosse este um comício do PSD na Madeira, bem ao estilo de Alberto João Jardim, o líder do governo regional aposta na mobilização do eleitorado, apesar de uma vitória que parece garantida.
"Vão votar. Não há vitórias antecipadas. Nunca vi ninguém ganhar eleições nas sondagens. As sondagens são positivas, mas é fundamental as pessoas perceberem que só no dia, com o voto na urna, é que será determinado o futuro", avisou.
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O PSD perdeu a maioria absoluta, pela primeira vez, há quatro anos, e formou Governo com o CDS-PP, com quem concorre às regionais deste ano. E Albuquerque avisa que "só se governa a região com uma maioria absoluta".
"É decisivo, neste momento, que a Madeira continua a ter uma Governo de maioria. Só com maioria é que temos capacidade para governar", alertou.
E, como não podia faltar, as críticas aos adversários, principalmente para quem lidera a oposição: o PS de Sérgio Gonçalves. Para Miguel Albuquerque são "socialistas de pacotilha".
"Toda a gente sabe que ninguém acredita neles. O que eles querem, alguns deles, é manter o tacho na Assembleia e não estão habilitados para governar a Madeira. E se viessem governar a Madeira, afundava em três meses", ripostou.
Palavras azedas também para António Costa, numa altura em que os professores entram em greve, no continente. Ou como diz Albuquerque, "a balbúrdia continua".
O presidente do PSD, Luís Montenegro, vai à Madeira para fechar a campanha eleitoral, o que rompe com a tradição, tendo em conta que os líderes dos maiores partidos costumam deixar o palco para os líderes autonómicos.
Questionado sobre o assunto, Miguel Albuquerque assegura que a vitória, a acontecer, será de todos: "Montenegro pode-se aproveitar à vontade que será uma vitória também dele, é o líder do partido.
Montenegro ainda viaja para o continente, mas, no domingo, vai acompanhar os resultados no Funchal, ao lado de Albuquerque, para o abraço que, ao que tudo indica, será um abraço de vitória.