"Alternativa a domínio de PS quase hegemónico." AD quer "introduzir uma mudança política no país"
Pedro Santana Lopes vinca, na TSF, que uma eventual vitória da aliança seria "importante" para que se possa estabelecer "uma alternativa a estes anos de domínio do PS, que se ganhar outra vez as eleições, quase se transforma num partido hegemónico em Portugal".
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Após 44 anos da primeira Aliança Democrática, Pedro Santana Lopes aplaude a reedição do acordo entre PSD e CDS para as próximas eleições legislativas. O atual presidente da Câmara da Figueira da Foz assume que a "realidade é diferente", mas o objetivo "é o mesmo": criar condições para uma mudança política em Portugal.
Para o antigo líder social-democrata, a solução anunciada esta quinta-feira é positiva para ambos os partidos e, sobretudo, para o país.
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"São realidades diferentes, as circunstâncias são tão diferentes, mas, sim, a ideia é a mesma: constituir uma parceria, uma convergência de vontades para tentar conseguir a vitória de uma alternativa a um domínio do PS e introduzir uma mudança no país que as pessoas acreditem que pode acontecer", aponta, em declarações à TSF.
Santana Lopes, que foi deputado, secretário de Estado, primeiro-ministro e presidente da Câmara da Figueira da Foz e de Lisboa, garante agora que apoia a aliança entre PSD e CDS, e está pronto para ir para a estrada.
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"Admito que estou de acordo com este acordo, passo o termo, e, sim, admito participar, vamos ver em que termos e em que moldes. Todos temos o dever de ter a intervenção cívica que a situação do mundo e país exige. Da minha parte, se for desafiado, acho que sim. Está previsto que possa haver algo, vamos ver o quê", explica.
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O social-democrata reforça por isso que o acordo é benéfico para "o país", sublinhando que é algo "que defende há meses".
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"Isso levará e como o CDS garante, com este acordo, o seu regresso ao Parlamento, e isso garante uma certa reconfiguração do tipo de intervenção do centro de direita. Acho que o CDS tem - hoje em dia está muito na moda a palavra moderado e o seu contrário, radical, - um certo equilíbrio, uma certa linha de intervenção não tão agressiva, não tão extremada", considera.
Pedro Santana Lopes vinca que uma eventual vitória da Aliança Democrática seria "importante" para que se possa estabelecer "uma alternativa a estes anos de domínio do PS, que se ganhasse outra vez as eleições, ou se ganhar, quase se transforma num partido hegemónico em Portugal".
"Seria muito negativo, principalmente para o PSD, por isso acredito que este acordo pode contribuir para essa vitória, que é essencial para o PSD, e penso que também para o país, que é o mais importante", assevera.
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Os liberais, que sempre mostram pouco interesse em aliar-se ao PSD, ficaram de fora deste acordo. Santana Lopes adianta que "entende" a rejeição da IL, mas não concorda.
"Eu penso que eles não quiseram. Principalmente, eles querem ter a confirmação do que pensam que vai ser o seu crescimento e eu percebo, é respeitável, é legítimo, embora não concorde. Acho que era bom para a IL haver essa junção e como não houve, em Lisboa, com a eleição do dr. Carlos Moedas, penso que não foi muito bom para a IL, mas eles é que sabem e a sua posição é respeitável, mas acho que não foi, nem o PSD nem o CDS, a rejeitarem", afirma.