Coligação "recupera CDS para o Parlamento" e "prepara melhor" PSD para as eleições
A porta-voz do CDS defende que é preciso mudar de políticas no país. Já o politólogo José Palmeiro vê este acordo como uma vitória para o CDS.
Corpo do artigo
A porta-voz do CDS, Isabel Galriça Neto, lembrou que a coligação com o PSD serve para afastar o PS do poder.
"É importante ter a noção de qual é a missão que nos cabe e todos os portugueses são corresponsáveis de, em 10 de março, tirar ao Partido Socialista aquilo que ele nem sequer foi capaz de honrar, que foi a maioria absoluta e, portanto, já chega de não termos reformas, já chega de terem dado cabo da saúde e do Estado social e já chega de nos terem aumentado os impostos. Só chega de não nos terem dado habitação aos nossos filhos. Esta é a direita credível, moderada, social em que acredito que uma larga maioria dos portugueses irá votar porque se revê na necessidade de mudar de políticas no país", afirmou à TSF Isabel Galriça Neto.
TSF\audio\2023\12\noticias\22\isabel_galrica_neto_2_ja_chega
Já o politólogo José Palmeiro olha para este acordo como uma vitória do CDS.
"Vai trazer certamente uma nova dinâmica. É um aspeto de novidade neste momento e, nesse sentido, Luís Montenegro, que tinha colocado como condição para ser primeiro-ministro ser o mais votado, estará em melhores condições de alcançar esse objetivo coligado com o CDS. É verdade que, a priori, o CDS vai garantir um grupo parlamentar. Terá, ao que tudo indica, pelo menos três deputados. Recupera o CDS para o Parlamento, mas permite ao PSD mais facilmente alcançar esse objetivo. E, nesse sentido, estará melhor preparado para disputar as eleições do próximo dia 10 de março", acrescentou José Palmeiro.
TSF\audio\2023\12\noticias\22\jose_palmeiro_3_cds_ja_ganhou
Os presidentes do PSD e do CDS-PP vão propor aos órgãos nacionais dos seus partidos uma coligação pré-eleitoral, a Aliança Democrática, para as legislativas de janeiro e as europeias de junho, que incluirá também "personalidades independentes".