Ventura defende que AD não constitui a "alternativa de futuro" que portugueses "estavam à espera"
André Ventura sublinha que "a lei dos partidos obriga" a que as coligações incluam os mesmos partidos para que possam repetir a designação dada ao acordo.
Corpo do artigo
O líder do Chega, André Ventura, defendeu esta quinta-feira que a coligação formada pelo PSD e CDS, a Aliança Democrática (AD), é uma solução do passado, questionando ainda a legalidade do nome escolhido.
A Aliança Democrática foi anunciada esta quinta-feira à noite, num comunicado conjunto, pelos presidentes do PSD e CDS.
TSF\audio\2023\12\noticias\22\andre_ventura_passado_legal_
Em declarações aos jornalistas, André Ventura reagiu ao anúncio, começando por questionar se é legal usar o nome de uma coligação que já existiu no passado e que na altura era formada por três partidos.
"Tenho alguma dúvida que possa ser Aliança Democrática, uma vez que a AD teve outros protagonistas também e o que diz a lei dos partido é que teriam de ser os mesmos a fazer o mesmo nome", defende, acrescentando que "estranha" a situação.
"Uma coisa que já está a começar com esta incapacidade de definir um nome que seja legal parece-me um pouco estranho, uma vez que, tanto quanto percebi, o PPM não está nesta coligação e a lei dos partidos obriga a que sejam os mesmos para ter o mesmo nome", reforça.
O presidente do partido de extrema-direita considera ainda que Portugal é hoje "um país que vive num estado de degradação" e por isso aponta que os portugueses precisam de uma "alternativa de futuro", que não poderá ser concretizada pela mais recente coligação à direita.
"Temos hoje um país que vive no estado de degradação que vive e o que eu penso que o que os portugueses estavam à espera, e esperam, do bloco não socialista é uma alternativa de futuro, ora, uma alternativa que tem 40 anos e que teve o seu espaço histórico não é de certeza aquilo que os portugueses querem", afirma.
Na nota à imprensa, intitulado "Constituição da Aliança Democrática" (o nome das primeiras coligações celebradas entre PSD e CDS-PP nos anos 80, que incluíam também o PPM), refere-se que este acordo está "em sintonia com os compromissos regionais para as eleições nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores de 2023 e 2024, respetivamente, e com os entendimentos de base local para as eleições autárquicas de 2025".