O antigo conselheiro de Estado e ex-dirigente do PSD disse hoje que persistem as dúvidas sobre o caso das secretas, o que não significa que o ministro Miguel relvas tenha faltado à verdade.
Corpo do artigo
António Capucho que na semana passada disse que era necessário que Miguel Relvas, de-se um «cabal» e «rápido» esclarecimento sobre a sua relação com o ex-diretor do Sied, Jorge Silva Carvalho, não ficou satisfeito com o que hoje disse o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares.
O antigo dirigente do PSD e ex-conselheiro de Estado diz que persistem dúvidas.
«Se me pergunta se foi demonstrada alguma inverdade do ministro ou se foi demonstrado que ele mentiu, não, não foi nada demonstrado. Ficou tudo numa nebulosa, outra vez. Algumas das situações que nós conhecêssemos continuaram na maior das dúvidas, desde a história do jornalista Simas, à demissão de um jornalista da RTP, até à questão do Público, nada disso foi esclarecido cabalmente», comentou António Capucho.
Sobre a manifestação de confiança de Pedro Passos Coelho a Miguel Relvas e a sua permanência no Governo, António Capucho não concorda, defendendo que já é tempo de proceder a mudanças no executivo.
«Se o doutor Pedro Passos Coelho acha que o senhor ministro Miguel Relvas (...) tem desempenhado um bom papel na coordenação do Governo e também na promoção da imagem externa do executivo, se acha que ele está perfeitamente isento de qualquer culpa nesta matéria, acho muito bem que o mantenha», afirmou.
«Eu não acho que seja assim. Acho que este Governo merecia uma 'mexedela' forte não apenas neste domínio mas em vários, onde manifestamente o gigantismo não tem proporcionado a melhor resposta aos problemas do país. Mas, enfim, isso é uma decisão do primeiro-ministro, que eu respeito», defendeu António Capucho.