"Caiu a máscara." PSD acusa Governo de eleitoralismo e quer saber quanto vai custar a Efacec
Depois de ler a entrevista do ministro da Economia, onde Costa Silva admite que a despesa com a venda da Efacec pode ser"algo maior," Hugo Soares, secretário-geral do PSD, considera que "onde o PS põe a mão, estraga." O PSD rejeita "lições" do PS que "já por três vezes levou o país à bancarrota."
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No arranque das jornadas parlamentares do PSD, na Assembleia da República, Hugo Soares aproveitou uma entrevista do ministro da Economia para tentar atingir a imagem de "contas certas" que António Costa tem colado ao PS.
Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Costa Silva admite que a despesa com a venda da Efacec pode ser "algo maior," mas recorda que está previsto um mecanismo "em que poderá haver, pelo menos, uma recuperação parcial de todos os encargos que o Estado colocou." As garantias não convencem o secretário-geral do PSD que aconselha o grupo parlamentar a questionar o Governo, durante a discussão orçamental.
"Sempre que o Governo intervém, sempre que o Governo põe a mão, há sempre uma consequência, os impostos dos portugueses são direcionados para onde não deviam em vez das famílias," acusou Hugo Soares, questionando:"quanto vai custar a mais a venda da Efacec?"
O dirigente social-democrata rejeita que o partido tenha ficado sem discurso perante a proposta de Orçamento apresentada pelo Governo e garante que não recebe lições do PS.
"Então nós vamos levar lições de contas certas de um partido que já por três vezes levou o país à bancarrota?" questionou Hugo Soares lembrando que foi o PSD quem teve a iniciativa de propor uma redução de IRS, ainda este ano.
"A baixa do IRS é uma espécie de baixar a máscara por parte do partido que governa o país: andavam a dizer que não apoiavam a baixa porque não tinham folga orçamental. Afinal não era um problema orçamental, era um problema eleitoral: querem é baixar o IRS em ano de eleições europeias, não se preocupando com as questões sociais em 2023," criticou o secretário-geral do PSD.
Contra a "falácia" de que o Orçamento para 2024 baixa impostos, Hugo Soares considerou que "bate recordes de aumento da carga fiscal".
"Baixa o IRS, mas com as duas mãos vai aos impostos indiretos, que são cegos, não são proporcionais," criticou.
As jornadas parlamentares do PSD abriram com o líder parlamentar Joaquim Miranda Sarmento a acusar o Governo de "vir a reboque das ideias do PSD, embora de forma coxa."
Esta noite um dos convidados destas jornadas será Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social. Os trabalhos fecham amanhã com a intervenção de Luís Montenegro.