As eleições diretas internas para a sucessão de António Costa na liderança do PS estão marcadas para 15 e 16 de dezembro.
Corpo do artigo
A candidatura de Pedro Nuno Santos ao cargo de secretário-geral do PS reúne esta segunda-feira o apoio de 85 presidentes de Câmara de todo o território continental, num universo de 308 autarcas.
As eleições diretas internas socialistas para a sucessão de António Costa na liderança do PS estão marcadas para 15 e 16 de dezembro, e o congresso para o período entre 5 e 7 de janeiro.
De acordo com a lista enviada à TSF por fonte da candidatura de Pedro Nuno Santo, por distrito, o candidato conta para já com o apoio de nove autarcas de Faro, oito do Porto e oito de Viseu, seis de Santarém e seis de Lisboa, cinco de Beja, cinco de Coimbra e cinco de Évora.
Ainda de acordo com esta lista, o antigo ministro das Infraestruturas tem o apoio de quatro edis de Bragança, quatro de Leiria, quatro de Viana do Castelo, quatro de Portalegre e quatro de Vila Real, três de Aveiro - o círculo eleitoral deste candidato -, três de Braga, três de Setúbal, dois de Castelo Branco e dois de Guarda.
Em jogo na corrida à liderança do PS apresentaram-se até agora três candidatos, o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.
O ministro Duarte Cordeiro já confirmou o apoio a Pedro Nuno Santos, considerando que é "o melhor líder para o futuro coletivo" e para "os tempos difíceis" que o país enfrenta.
Pedro Nuno Santos já adiantou que conta com o apoio de seis ministros do atual Governo de António Costa, respondendo ao apoio do ministro das Finanças, Fernando Medina, a José Luís Carneiro. Também o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Correia, apoia o candidato da ala esquerda.
Além de João Paulo Correia, também o secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas, Frederico Francisco, a secretário de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues e o secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, apoiam Pedro Nuno Santos.
Como cor de campanha, Pedro Nuno Santos tem apostado no verde. Curiosamente, a cor da campanha da maioria absoluta, tanto a de António Costa, em 2022, como a de José Sócrates, em 2005.
Rejeitando rótulos, o antigo ministro deixa ainda o aviso a quem lhe chama radical: "Tudo o que vos disse não é radicalismo, tudo o que vos disse é ser socialista."