Carneiro responde a Pedro Nuno: "Não aceito lições de como se deve combater a direita"
O atual ministro da Administração Interna e candidato à liderança socialista puxou do historial autárquico para sublinhar que começou a carreira a derrotar o PSD e o CDS.
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O candidato à liderança do PS José Luís Carneiro recusou este domingo "lições de como se deve combater a direita", depois das críticas de Pedro Nuno Santos, que o acusou de não combater a direita e de que querer que o PS seja "muleta de um governo do PSD".
"Comecei a minha vida política muito jovem, há muito tempo, por ganhar precisamente uma câmara ao PSD. Derrotei o PSD, derrotei na altura o CDS e tornei-me num dos mais jovens presidentes de câmara do país. Não aceito lições de como se deve combater a direita", avisou Carneiro à chegada a um encontro com apoiantes no Porto.
Ao início da tarde, Pedro Nuno Santos comentou que José Luís Carneiro "tem preferido dirigir ataques a mim, mais a mim do que à direita" e que o adversário das diretas socialistas defende que o PS "deve ser muleta de um governo do PSD, em caso de vitória do PSD".
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Desafiado pelos jornalistas no local a comentar as críticas, o atual ministro da Administração Interna comentou que é precisa "muita tranquilidade numa campanha eleitoral" e elogiou o adversário, colocando a luta de parte: "Temos um longo caminho para conversar entre nós, somos camaradas e somos amigos em primeiro lugar."
Sobre a sua campanha, referiu que há um "movimento em grande crescimento" e comentou esperar que tal "não cause intranquilidade a ninguém" e anunciou que esta noite vai apresentar aos seus apoiantes "uma proposta muito importante para as pequenas e médias empresas, inovadora, que poderá contribuir para auxiliar 97% das empresas portuguesas que criam mais de 80% do trabalho e empregos em Portugal".
Perante a insistência dos jornalistas para que comentasse as palavras de Pedro Nuno Santos, o candidato socialista voltou a responder de forma apaziguante: "Somos dois camaradas que nos estimamos e estamos a travar uma disputa democrática dentro do PS."