Caso Alexandra Reis demonstra "falta de escrutínio político" e será difícil segurá-la no Governo
O politólogo António Costa Pinto, em declarações à TSF, acredita que é muito provável que a secretária de estado do Tesouro "não tenha condições políticas" para continuar.
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António Costa Pinto acredita que Alexandra Reis vai acabar por ser afastada do governo após a indemnização atribuída pela TAP. O politólogo admite, em declarações à TSF, que o pagamento por parte da companhia aérea pode ter obedecido a todas as regras legais, mas o problema é ético e político.
"De uma forma ou de outra, e se existir algo de ilegal, a secretária de estado será automaticamente demitida, mas tendo em vista as posições e pedidos de inquérito dos responsáveis, é muito provável que não tenha condições políticas e será muito difícil continuar no cargo", afirmou.
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O custo político do caso, na opinião de Costa Pinto, está ligado às críticas da direita, que "foi bastante dura" com o Governo sobre o caso, já depois de algumas polémicas com saídas de outros membros do executivo de António Costa.
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Sobre o ministro das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, o politólogo acredita que não devem ser atingidos diretamente, mas não se livram do ónus de terem falhado no "escrutínio político" na escolha da secretária de estado.
Para António Costa Pinto, houve "pouca vigilância das autoridades de tutela" e uma "indiferença relativa" no recrutamento de membros para o Executivo.