CGTP e UGT sublinham forte adesão à greve geral, Governo alega que país não parou
O líder da CGTP diz que não quer entrar numa guerra de números e prefere sublinhar que foi uma greve «excecional». Antes, o secretário-geral da UGT avançou uma adesão de 50%. O Governo alega que o país não parou.
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A paralisação de quinta-feira foi convocada pelas duas centrais sindicais contra o agravamento da austeridade em Portugal.
Apesar de salientarem a forte adesão à greve, a CGTP escusou-se a avançar com números e a UGT assinalou apenas uma participação de mais de 50 por cento.
No final de um desfile em Lisboa, entre o Rossio e o Parlamento, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse que «nada pode ficar como antes» depois da greve, que, a seu ver, foi «excecional» e provou que os trabalhadores «estão mais coesos» e que o Governo «não vai ficar mais forte».
O secretário-geral da UGT, Carlos Dias, considerou, num balanço ao fim da tarde, a greve como «um grito» dirigido ao Governo contra o «empobrecimento forçado dos portugueses», destacando a «fortíssima adesão no setor público».
Antes, ao início da tarde, o Governo, pela voz do ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, escusou-se a «entrar na guerra de números» de adesão, remetendo o balanço para os próximos dias, mas sustentou que o país não esteve parado.
Em resposta à comunicação social, na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros, Marques Guedes ressalvou que o Governo respeita «o exercício legítimo de quem entende exercer através da greve o seu protesto», mas acrescentou que o executivo «respeita mais ainda todos os portugueses» que estiveram a trabalhar na quinta-feira.