Na sua intervenção no final da Festa do Avante!, classificou a ação do Governo como um «fracasso em toda a linha» e aludiu a um «roubo descarado aos trabalhadores e povo português».
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O secretário-geral do PCP assegurou, este domingo, que com o atual Governo nem o país vai a algum lado, nem se verificará o «fim da crise, nem o fim do regabofe».
No final da Festa do Avante!, num discurso de cerca de uma hora, Jerónimo de Sousa considerou ainda que o Executivo é um «fracasso em toda a linha: temos o país no fundo, défice por resolver e a dívida a aumentar 6,6 milhões de euros».
«Estão já a congeminar um novo plano para 2013 com a mesma saída de sempre, as mesmas soluções do costume a voltar ao princípio deste ciclo vicioso que está a conduzir o país ao declínio e a tornar a vida num inferno aos portugueses», acrescentou.
Sobre o aumento da taxa social única anunciado na sexta-feira por Passos Coelho, Jerónimo de Sousa classificou-o como «uma transferência direta dos dinheiros dos trabalhadores para o capital».
Perante a assistência que chamou o primeiro-ministro de «gatuno», o líder comunista admitiu que o adjetivo era «forte», mas desafiou Passos Coelho a dizer que este aumento «não é um roubo descarado aos trabalhadores e povo português».
Jerónimo não poupou ainda críticas ao programa de ajustamento que classificou de «programa de exploração do nosso povo e de alienação do país, que é acompanhada da «salazarenta e cínica apologia das virtudes de um Portugal pobrezinho».
O secretário-geral comunista aproveitou ainda para lembrar a força dos trabalhadores e do povo e que quando quando estes quiserem «não só é necessário como é preciso a alternativa de uma política diferente para o novo rumo de Portugal».