Costa lembra que os processos judiciais são longos.
Corpo do artigo
Entre pedidos de desculpa e rejeitando tentativas de pressão ao processo judicial, António Costa admitiu que, "com grande probabilidade", não vai voltar a exercer "qualquer cargo público", tendo em conta a longa demora dos processos judiciais.
TSF\audio\2023\11\noticias\12\declaracoes_pm
Sobre os envelopes de dinheiro apreendidos a Vítor Escária, Costa foi pedindo desculpa, garantindo que "está à vontade para clarificar as opções do Governo". E admitiu que, provavelmente, não vai voltar a ocupar nenhum cargo público.
"Com grande probabilidade não exercerei nunca mais qualquer cargo público", admite, tendo em conta o tempo que o processo judicial pode levar.
Além disso, o primeiro-ministro rejeitou qualquer interferência na Justiça, garantindo que só sabe dos desenvolvimentos através da comunicação social, e colocando-se à disposição para prestar esclarecimentos: "Sabem onde estou".
2lhgKKce6fc
Costa chama ainda atenção para Sines, um dos pontos centrais do processo, que "é uma realidade muito particular" e lembra que tem um porto "com valor estratégico da maior importância", na defesa da estratégia governativa. "Não podemos desperdiçar investimento", defende.
Para atrair investimento, é necessária "ação política" que "tem de ser preservada", reforçando inúmeras vezes que "quem quer investir em Portugal, "não tem de ter medo de o fazer".
António Costa foi apontando a diversos cargos europeus, assim como ao lugar de Marcelo Rebelo de Sousa, em 2026. O primeiro-ministro apresentou a demissão depois do início da Operação Influencer, que levou à detenção do chefe de gabinete, Vítor Escária, e do seu melhor amigo Diogo Lacerda Machado.