Costa defende investimentos e deixa recado para futuro: "Tem de ser garantida liberdade política"
O primeiro-ministro defendeu a estratégia do Governo quanto à captação de investimento estrangeiro.
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António Costa garante que todos os procedimentos foram tomados, tanto em Montalegre ou em Boticas, como em Sines, e rejeita que "governantes não devem agir para atrair e simplificar investimentos".
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"O licenciamento de minas de lítio em Montalegre ou em Boticas foi sujeito a um estudo de impacte ambiental. E os concessionários foram obrigados a cumprir as condições impostas por esses estudos, de modo a assegurar a preservação do lobo ibérico, seja para assegurar os abastecimentos de água ou a construção de uma nova estrada", diz.
Quanto a Sines, Costa garante que "todos os projetos", como o centro de dados "que é o maior investimento em Portugal desde a Autoeuropa", tem respeitado as condições especiais de preservação.
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"Em Sines, a intensidade de projetos exige que a rede elétrica realize especiais investimentos no reforço da rede elétrica. Para garantir a todos a igualdade de oportunidades, o Governo lançou um procedimento concorrencial que permitirá planear com segurança os investimentos necessários e obrigou à redistribuição da rede", acrescenta.
Agora, "cabe às autoridades investigar", reforçando que "confia na justiça" e "qualquer membro do Governo dará toda a colaboração necessária". "É meu deve esclarecer as opções do Governo para promover o desenvolvimento do país", disse, justificando a declaração.
Aos futuros governos, Costa lembra que "tem de ser garantida liberdade política" seja quem for o primeiro-ministro.
Costa fala em "ideia perigosa" e rejeita que "governantes não devem agir para atrair e simplificar investimentos"
O primeiro-ministro "não tem qualquer receio" quanto ao rating de Portugal, e garantiu várias vezes que todo o investimento "será bem acompanhado" e ninguém tem de ter "medo" de investir no país.
Quanto à justiça, Costa "não quer interferir" e volta a garantir que "nada lhe pesa na consciência". Decidiu fazer a comunicação no sábado à noite, em horário nobre, porque verificou "que havia uma ideia perigosa de que os governantes não devem agir para atrair e simplificar investimentos.
"São ideias perigosas para o futuro do país", diz, aconselhando os futuros governante a não terem receio de definirem estratégias e procurarem investimento estrangeiro.