Costa na Europa é "assunto interno", mas Marcelo admite "influência" portuguesa
Marcelo Rebelo de Sousa diz que saída de Costa para Bruxelas "é uma matéria do foro interno", mas lembra que posição do Presidente "é conhecida".
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Marcelo Rebelo de Sousa elogia a influência de António Costa na União Europeia, admite que o Governo "tem muito peso" em Bruxelas, mas a saída do primeiro-ministro para um alto cargo europeu "é uma matéria do foro interno".
Em 2024, a União Europeia entre num novo ciclo político, há eleições para o Parlamento, provavelmente, a 9 de junho, e a nova composição vai escolher os líderes para a Comissão Europeia e para o Conselho Europeu.
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Ursula Von der Leyen e Charles Michel lideram, atualmente, as principais instituições europeias: podem continuar a exercer a função ou podem existir mudanças. Marcelo Rebelo de Sousa lembra que tudo depende dos resultados das eleições, mas a influência portuguesa é uma certeza.
"Portugal tem, obviamente, muito peso através dos seus eurodeputados. E as autoridades portugueses, não falo do Presidente da República, mas do Governo, têm muito peso a nível europeu", assume, depois de almoçar com eurodeputados em Estrasburgo.
E, no Governo, os destaques de Marcelo Rebelo de Sousa recaem em António Costa e no seu braço direito na Europa Tiago Antunes: "De facto, é verdade, quer o primeiro-ministro, quer o secretário de Estado para os Assuntos Europeus têm muito peso e isso aplica-se ao Parlamento Europeu e ao Conselho Europeu".
Questionado se "o peso" de António Costa junto dos parceiros europeus pode colocar o primeiro-ministro à beira de um cargo em Bruxelas, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder com um longo silêncio, mas acabou por desvalorizar.
"Não me vou pronunciar sobre essa matéria. É uma matéria do foro interno e eu já disse qual é a minha posição", atirou.
A escolha para os novos líderes europeus pode acontecer em setembro, foi "o que ouviu" Marcelo Rebelo de Sousa em Estrasburgo, caso as eleições decorrem em junho.
Na tomada de posse do mais recente Governo de António Costa, em março de 2022, Marcelo Rebelo de Sousa avisou que se o primeiro-ministro sair para Bruxelas, convocará eleições legislativas antecipadas.