Costa responde ao PSD: "Não houve truques, ilusões ou cortes nos rendimentos dos pensionistas"
Líder do Governo assinala não ter esquecido "o que foi dito" sobre o assunto e reconhece que "nem sempre foi fácil" encará-lo.
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O primeiro-ministro respondeu esta segunda-feira às críticas antes feitas pelo PSD sobre o aumento intercalar das pensões em outubro passado, contrapondo que o seu Governo cumpre a Lei de Bases da Segurança Social e não iludiu os pensionistas.
Esta posição foi transmitida por António Costa no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros e que se destinou a rever o conjunto de medidas de apoio às famílias na sequência de indicadores que apontam para uma melhoria da economia portuguesa em 2023 face a anteriores previsões.
Depois de ter anunciado que, a partir de julho, os pensionistas vão ter um aumento de 3,57% nas suas pensões, já no período de resposta a questões colocadas pelos jornalistas, o líder do executivo atacou a oposição, sobretudo o PSD.
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"Não esqueci o que foi dito, mas agora prova-se que não houve truques, ilusões ou cortes nos rendimentos dos pensionistas. Ao contrário do que o PSD disse, nem em 2023, nem em 2024 haverá pensionistas com quebra de rendimentos face à inflação e a lei de atualização das pensões é cumprida pelo Governo", sustentou.
Confrontado com as críticas do PSD à política do Governo nas pensões, Costa rebateu que "um dos maiores problemas do PSD é mesmo os portugueses saberem o que significa corte de pensões, algo que já aconteceu no nosso país".
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"As pessoas sabem o que significa um aumento de pensões, é o que tem acontecido ininterruptamente desde 2016", assinalou também, sublinhando que "nenhum pensionista ficou sem receber, até ao final de 2023, exatamente aquilo que tinha a receber" e que o PSD foi obrigado a reconhecê-lo.
"Sempre dissemos que a garantia que estávamos em condições de dar é que, até ao final de 2023, ninguém perderia um cêntimo relativamente ao que estava previsto na lei de bases" e que, durante o ano de 2023, o Governo "tomaria decisões relativas a 2024".
"Nem sempre foi fácil, ouvimos de tudo: que era corte de pensões, que eram truques, ouvimos tudo. Quem governa deve ter serenidade e calma para enfrentar essas críticas", assinala o primeiro-ministro, que volta a assinalar que há uma diferença entre quem fala e quem age: "Quem age tem de ter os pés bem assentes na terra."