"É uma contradição." PCP critica Governo por má gestão orçamental e isenções fiscais
Paula Santos afirmou, na TSF, que opta por atribuir mais isenções fiscais e depois argumenta que não é possível investir mais em determinadas áreas.
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A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, acusa o Governo de tomar más opções orçamentais, optando por atribuir mais isenções fiscais e depois argumentar que não é possível investir mais em determinadas áreas.
"Isto é uma contradição e não pode ser perante os problemas que aí estão. Mesmo no Serviço Nacional de Saúde há um conjunto de verbas que são canalizadas direitinho para os grupos privados. Então essas verbas não deveriam ser investidas no Serviço Nacional de Saúde? E é uma questão de fundo que é fundamental. Ao invés da aceleração do défice e da dívida, estamos a falar de recursos públicos, de recursos do país que deveriam estar a ser investidos na melhoria das condições de vida, que deveriam estar a ser investidos, por exemplo, para ultrapassar o problema da falta de professores nas escolas ou para garantir o direito à habitação e não estão, estão a ser retirados esses recursos aos portugueses, que são necessários para resolver esses problemas. Porquê? Por uma opção política por parte do Governo", defendeu na TSF Paula Santos.
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Questionada sobre se o PCP vai ou não responder ao desafio lançado pelo Bloco de Esquerda de pedir apreciação parlamentar do decreto de privatização da TAP, Paula Santos sublinhou que o partido está, desde o primeiro momento, em desacordo com o processo de privatização da companhia aérea.
"A TAP é uma empresa de grande importância para o nosso desenvolvimento económico. Há diversos instrumentos na Assembleia da República que podem ser utilizados, nomeadamente até com a apresentação de projetos de lei. Não deixaremos naturalmente de intervir e de lutar para travar o processo de privatização da TAP", acrescentou a líder parlamentar do PCP.