"Orçamento que nasce socialista não vira liberal." IL faz "propostas cirúrgicas" para OE2024
O líder parlamentar da Iniciativa Liberal diz que "apresentar muitas propostas é estar a dar credibilidade a um orçamento que não é credível e que não tem solução".
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Rodrigo Saraiva afirma que a Iniciativa Liberal vai apresentar "propostas cirúrgicas" para tentar melhorar o Orçamento do Estado para o próximo ano.
"Um orçamento que nasce socialista não vai virar liberal e também estar a apresentar muitas propostas é estar a dar credibilidade a um orçamento que não é credível e que não tem solução. Portanto, nós iremos apresentar propostas cirúrgicas", adianta Rodrigo Saraiva, em entrevista na Manhã TSF.
Uma das propostas dos liberais tem a ver com "a questão do desagravamento e simplificação da situação fiscal, para pôr o país a funcionar".
A IL quer também "corrigir injustiças", nomeadamente no que toca ao IUC: "Iremos aprofundar a nossa proposta do IUC e, em breve, iremos explicar como é que vamos atuar sobre isso."
E ainda "uma injustiça" que os liberais acreditam tratar-se de "uma gralha do Governo": os critérios de acesso das start-ups ao IRC. "Antigamente, havia três critérios e as empresas podiam escolher um deles, agora propõem cumulativos. Estão a complicar a vida das pequenas empresas", considera Rodrigo Saraiva.
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O líder parlamentar liberal adianta que o partido vai apresentar uma proposta para devolver o dinheiro da TAP aos contribuintes, assim que a companhia aérea for privatizada.
"Iremos apresentar uma proposta para que, assim que a TAP for privatizada, o dinheiro seja devolvido aos contribuintes. Os contribuintes, sem ninguém lhes perguntar nada, puseram 3,2 mil milhões de euros na TAP. Assim que o governo privatizar a TAP, esperemos, o dinheiro tem de ser devolvido aos portugueses e o Governo não pode dizer que isso é complicado, porque ainda no ano passado arranjou um mecanismo fácil para dar 125 euros a cada uma das pessoas que precisavam", explica.
A proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2024 vai ser discutida na generalidade em plenário nos dias 30 e 31 de outubro. A votação final global está agendada para o dia 29 de novembro.