O presidente da Associação Nacional de Municípios defende que este Governo não devia tomar decisões definitivas e que não são prioritárias e apela ao próximo Executivo que adie a TDT.
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Em vésperas de ser desligado em Alenquer o sinal analógico de televisão, o presidente da Associação Nacional de Municípios, Fernando Ruas, pede ao Governo que reconsidere este processo que não considera prioritário e que vai afectar as famílias com baixos recursos.
«Não sei se é possível pedir a um cidadão que mude para televisão digital e pague 200 euros. As pessoas não percebem. Penso que o Governo devia ponderar isto», comentou Fernando Ruas.
Também o PSD teme o prejuízo que pode resultar para a campanha eleitoral a substituição do serviço de televisão analógico para o digital.
A vice-presidente da Comissão Política do PSD, Nilza Sena, reforçou na TSF que o timing não é o melhor e pode mesmo contribuir para a abstenção.
«Poderão haver neste período eleitoral famílias que ficarão ou poderão ficar privadas de ver televisão, sabendo nós que a televisão é fonte preferência de informação política, é potencialmente formadora da opinião», explicou.
«Nesse sentido e num contexto eleitoral parece-nos que poderá ser não só tendente a uma certa desmobilização como até potenciar o absentismo eleitoral. Isso merece-nos alguma preocupação», acrescentou Nilza Sena.
Cerca de um milhão e meio de famílias portuguesas têm ainda a tradicional antena analógica no telhado da casa.