"Habitação deve ser um direito, hoje é um negócio." PCP volta a pedir mudanças às medidas do Governo
Bruno Dias realça que as propostas do PCP "dão consequência aos alertas sobre a proteção de habitação".
Corpo do artigo
No último dia para os partidos apresentarem propostas de alteração ao pacote Mais Habitação, na fase de especialidade, o PCP vai dar entrada com várias iniciativas para "proteger a habitação própria" e extinguir o Balcão Nacional do Arrendamento, que permite "despejos em todo o território nacional".
À margem das jornadas parlamentares do partido, na Covilhã, o deputado Bruno Dias volta criticar as políticas do Governo de António Costa, que "não são uma rutura com a ideia de que a habitação é um produto em mercado especulativo".
As propostas do PCP "dão consequência aos alertas sobre a proteção de habitação às famílias que têm créditos com a banca e aos inquilinos que precisam de estabilidade e não incerteza".
"Não compactuamos com as borlas fiscais e de benesses aos fundos de investimento. A habitação deve ser um direito, hoje é um negócio e é uma espécie de mercadoria. Essa visão política deve ser combatida", atira.
Bruno Dias apela ainda à bancada socialista que seja consequente com as palavras do Governo, mostrando abertura para dialogar com a oposição, desde logo, "aprovando as propostas do PCP".
"Na teoria, muita abertura. Na prática, vamos ver como é. Naturalmente, não faltamos à chamada, apresentamos as nossas propostas e apontamos soluções, mas não nos parecer bom sinal que o ponto de partido sejam propostas que mantém a lógica da habitação como mercadoria", lamenta.