José Luís Carneiro junta apoios para defrontar Pedro Nuno Santos pela liderança do PS
O ministro da Administração Interna é visto pelo partido como um "socialista moderado", mais em linha com o perfil ideológico de Costa.
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A informação já corria nos corredores socialistas e é confirmada à TSF por fonte próxima do atual ministro da Administração Interna. José Luís Carneiro está disponível para concorrer à sucessão de António Costa, pela liderança do PS, e está a ser incentivado por socialistas que não se reveem em Pedro Nuno Santos.
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O ministro da Administração Interna é visto pelo partido como um "socialista moderado", mais em linha com o perfil ideológico de António Costa, ao contrário de Pedro Nuno Santos que se apresenta como um político da ala esquerda do PS.
José Luís Carneiro conhece bem as bases do partido, foi presidente da Federação Distrital do Porto do Partido Socialista, entre junho de 2012 e março de 2016, assumindo o posto de secretário-geral adjunto do PS, ou seja, número dois de António Costa, entre 2019 e 2022.
Curiosamente, José Luís Carneiro foi um dos principais apoiantes de António José Seguro, na guerra interna contra António Costa, que levou ao poder o atual primeiro-ministro.
À TSF, um dirigente do partido reconhece que "toda gente sabe que Pedro Nuno Santos irá a eleições" e considera "credível" que José Luís Carneiro não o deixe sozinho na corrida.
Pedro Nuno Santos almoçou, nesta quarta-feira, com Francisco Assis e Ascenso Simões, naquele que foi "um almoço entre amigos". Curiosamente, um dia depois de Ascenso Simões desafiar, nas páginas do Expresso, Francisco Assis a concorrer à liderança socialista. O atual presidente do Conselho Económico e Social já tinha afastado essa possibilidade.
O PS vive dias agitados depois da demissão de António Costa como primeiro-ministro, e corre risco de ter de escolher o futuro líder a poucas semanas das possíveis eleições legislativas antecipadas. O congresso do partido está marcado para meio de março, mas a antecipação "é uma inevitabilidade". Nos próximos dias, o partido deve convocar os membros da comissão nacional para aprovarem um novo calendário interno.