Na VII Convenção do partido, o líder do BE disse que aceitaria integrar um governo de coligação de esquerda, mas sem José Sócrates, que apelida de «senhor troika» e de «senhor desemprego».
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No final do primeiro dia da VII Convenção do Bloco de Esquerda, que decorre, em Lisboa, até domingo, Francisco Louçã foi questionado sobre a hipótese de fazer parte de uma coligação que lidere o país.
«O que nós queremos é que se decida, nesta situação tão difícil de dia 5 de Junho, se o país está a dar o apoio a uma troika do PS, do PSD e do CDS, que sei que se zangam todos os dias (...) mas o programa deles é o mesmo», afirmou.
O líder bloquista defende uma esquerda que não inclua o secretário-geral do PS. Entende que «José Sócrates é o senhor troika, o senhor corte no Serviço Nacional da Saúde e do desemprego».
Nesse sentido, a esquerda tem que ser outra, esclarece Francisco Louçã que, esta tarde, ouviu vozes dentro do próprio partido dizerem que o mais acertado teria sido um acordo pré-eleitoral com o PCP.
«Nós queremos um governo de esquerda que seja o compromisso», sustentou.
É nos eleitores que Francisco Louçã confia para fazer esse governo de esquerda, que diz, «é um combate, é uma maratona na qual o Bloco está a correr».