Um processo disciplinar e a abertura de um inquérito para prosseguir a investigação são as primeiras decisões no caso das agressões a fotojornalistas a 22 de março.
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No despacho, Miguel Macedo refere que a abertura do processo de inquérito deve também fazer «um apuramento completo» do que se passou com a manifestante que no Largo do Chiado, em Lisboa, foi derrubada por elementos do Corpo da Intervenção (CI) da PSP e sobre a utilização de meios coercivos contra um cidadão que realizou uma denúncia junto da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI).
A decisão do ministro da Administração Interna surge após o ministro ter recebido o relatório do processo de averiguações da IGAI aos incidentes durante a manifestação do dia 22 de março no Chiado.
No âmbito da instauração do processo disciplinar ao agente envolvido nas agressões da fotojornalista Patrícia Moreira, o ministro determina que o diretor nacional da PSP tome «as medidas coercivas e preventivas consideradas adequadas tendo em vista acautelar o interesse público e o normal desenvolvimento daquele procedimento disciplinar».
A 23 de março, o diretor nacional da PSP instaurou um processo de inquérito e uma auditoria operacional para averiguar a atuação policial na manifestação.
No despacho hoje divulgado, o ministro da Administração Interna diz querer que seja elaborado um processo de inquérito único a decorrer na IGAI.
Miguel Macedo determina ainda que o relatório da direção nacional da PSP seja remetido à IGAI assim que estiver concluído.