Maioria considera crise na habitação "grave", mas 75% assumem situação "estável"
Salários baixos, inflação, juros com empréstimos e falta de casas para comprar ou arrendar são apontados como causas para a crise, de acordo com a sondagem da Aximage para TSF-JN-DN.
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Apesar de 96% dos inquiridos nesta sondagem considerarem que existe uma crise com habitação, 75% afirmam que estão numa situação de "habitação estável."
Quando se pede para descreverem a situação pessoal: 40% por inquiridos respondem que têm casa própria já paga, 28% estão a pagar crédito pela habitação e 18% arrendam casa com alguém.
Entre os 25% que não têm uma situação de habitação "estável," (e um terço são jovens), a maior fatia (36%) procura casa para arrendar e não encontra preços acessíveis.
Outras situações descritas passam pela dificuldade no acesso ao crédito (16%) e em pagar a renda ou a prestação da casa (15%) e 13% afirmam que já recorreram aos pais e amigos para conseguirem pagar o crédito.
96% dos inquiridos desta sondagem da Aximage para TSF-JN-DN têm a perceção de crise na habitação. Uma crise muito grave para 57%, grave para 33% e temporária (para 6%).
Os "salários baixos" surgem no topo dos fatores apontados para explicar esta crise (49%), seguidos pelas "rendas elevadas." Para 31%, a crise resulta da inflação elevada e da subida dos juros dos empréstimos para habitação e 29% referem que existem pouca casas a preço acessível para comprar ou arrendar.
Para 41% daqueles que procuram casa para comprar ou arrendar, a espera já dura há mais de um ano.
Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, JN e DN com o objetivo de conhecer a opinião sobre temas relacionados com a habitação. O trabalho de campo decorreu entre os dias de 14 e 18 de setembro. Foram recolhidas 804 entrevistas, entre maiores de dezoito anos, residentes em Portugal, com amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região. A amostra teve 804 entrevistas efetivas: 696 entrevistas online e 108 entrevistas telefónicas: 380 homens e 424 mulheres; 181 entre os 18 e os 34 anos, 210 entre os 35 e os 49 anos, 225 entre os 50 e os 64 anos e 188 para os 65 e mais anos; A Norte obteve 281 respostas, no Centro 177, no Sul e Ilhas 123, e na área metropolitana de Lisboa 223. A taxa de resposta foi de 71,52%. O erro máximo deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de cerca de 3,5%. . A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.