Mariana Mortágua assegura que BE "está pronto para apresentar uma alternativa"
Mariana Mortágua reforça que a crise política não retrata aquilo que é a esquerda portuguesa. "A mensagem que deixamos é simples: a esquerda não é isto."
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A coordenada do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, assegura esta sexta-feira, em reação à decisão de Marcelo de Rebelo de Sousa de dissolver o Governo, que o partido está pronto para ser alternativa à maioria socialista.
"Hoje, num país envergonhado com aquilo que está a assistir, a nossa palavra de Esperança. O bloco está pronto para apresentar uma alternativa e responder por soluções urgentes para aquilo que verdadeiramente importa", disse Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas.
A bloquista específica que são salários e pensões, "que já não pagam o básico", ou o "tormento na habitação", algumas das questões que importam resolver.
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Mariana Mortágua avança ainda que vai pedir esclarecimentos à Procuradoria-Geral da República sobre a operação Influencer: "Em primeiro lugar, entendemos que uma investigação com as consequências desta dimensão deve ser objeto de esclarecimento público do poder judicial. Em segundo lugar, o bloco de esquerda não ignora nem desvaloriza os factos conhecidos."
"A mensagem que deixamos é simples: a esquerda não é isto", reitera.
"A esquerda não é isto"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou ao país na quinta-feira, depois da reunião de Conselho de Estado, e anunciou eleições para o dia 10 de março de 2024.
O primeiro-ministro, António Costa, pediu na terça-feira a demissão ao Presidente da República, que a aceitou. Depois de ouvir os partidos e da reunir de Conselho de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou na quinta-feira eleições para o dia 10 de março de 2024 e a dissolução do Governo.
António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo sobre negócios de lítio e hidrogénio terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos projetos investigados.
A operação de terça-feira do Ministério Público assentou em pelo menos 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas, sendo que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, foram constituídos arguidos.