À TSF, o líder Nuno Melo mostra-se convicto da capacidade de recuperação do CDS, mas nota que este "não é momento" para discutir detalhes.
Corpo do artigo
O presidente do CDS, Nuno Melo, espera que as eleições antecipadas marcadas para março representem "o momento de devolver" o partido ao Parlamento, mas considera que "este não é o momento de ponderar as circunstâncias em que o CDS irá a votos".
"Eu espero que as eleições de 10 de março sejam precisamente o momento de devolver o CDS à Assembleia da República, onde nunca deveria ter saído", afirma Nuno Melo, em declarações à TSF esta sexta-feira, sublinhando que, no entanto, a prioridade do CDS "é com o país".
"Lamentamos que uma crise política tenha sido tão grave passado tão pouco tempo de eleições legislativas", acrescenta.
TSF\audio\2023\11\noticias\10\nuno_melo_1_voltar
Nuno Melo garante o CDS "está a fazer tudo para ser capaz de ir sozinho a votos", para "somar uma alternativa de centro-direita em Portugal", mas não excluí à partida eventuais coligações.
Com mais de 40 coligações com o PSD, o líder centralista lembra que o CDS "é um partido de corpo inteiro" e que "tem estruturas espalhadas pelo país inteiro".
"Há partidos na Assembleia da República que não têm nada disso", atira.
Para Nuno Melo, agora a "prioridade é garantir que o CDS vale por si muito mais do que pode fazer pelos outros" e, por isso, assegura que ainda não falou com ninguém. "Nem tenciono nos próximos dias conversar."
"Este é o momento, para já, de internamente discutirmos aquilo que tem que ser discutido", conclui.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou ao país na quinta-feira, depois da reunião de Conselho de Estado, e anunciou eleições para o dia 10 de março de 2024. Assim sendo, António Costa mantém-se primeiro-ministro pelo menos até à aprovação do Orçamento de Estado, no fim de novembro, cabendo depois ao chefe de Estado dissolver a Assembleia da República.