Ordem dos Médicos diz que falta de acordo revela "insensibilidade" e "incapacidade" de Pizarro
Carlos Cortes considera, em declarações à TSF, que o ministro da Saúde não tem "as mãos e os pés atados", apesar de o Governo estar a prazo.
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O bastonário da Ordem dos Médicos acusa Manuel Pizarro de ser "insensível" e "incapaz" de chegar a um acordo com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM). Carlos Cortes sublinha que a situação no Serviço Nacional de Saúde tem vindo a agravar-se nos últimos dias e condena a falta de abertura do Executivo.
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"É absolutamente lamentável esta incapacidade de o Ministério da Saúde encontrar soluções, uma plataforma de equilíbrio e de diálogo", frisa à TSF o bastonário da Ordem dos Médicos.
Manuel Pizarro esteve esta quinta-feira reunido com os sindicatos representativos dos médicos. No final do encontro, disse ser "insustentável" aceitar o aumento salarial de 15% proposto pelo SIM e pela FNAM.
Carlos Cortes adianta que o organismo que dirige "tem recebido vários relatos de situações cada vez mais complexas e gravosas para os doentes" e insiste que a "insensibilidade e incapacidade de o Ministro da Saúde resolver esta questão é grave para o país".
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Apesar de o Governo estar a prazo, Carlos Cortes considera que o ministro da Saúde não tem "as mãos e os pés atados" e lembra que as negociações com os sindicatos "não começaram agora com esta crise política", mas sim "há mais de 18 meses".
À TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos remata que "é desde o início do mandato que o ministro da saúde não é capaz de chegar a um entendimento".
Os sindicatos que representam os médicos e Manuel Pizarro voltam a reunir-se na próxima terça-feira.